domingo, 30 de setembro de 2012

Plantas Tóxicas

Aqui vai mais uma postagem sobre algumas plantas tóxicas mais conhecidas do nosso país.


Comigo ninguém pode


Foto tirada em: Itatiba; Bairro Moenda
Família: Araceae.
Nome cientifico: Dieffenbachia picta Schott.
Nome popular: aninga do Pará.
Parte Tóxica: todas as partes da planta.
Sintomas: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos e diarreia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.
Principio ativo: oxalato de cálcio, saponinas.


Coroa de Cristo

Foto tirada em: Itatiba; Bairro Moenda

Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Euphorbia milii L.
Nome popular: coroa de Cristo.
Parte Tóxica: todas as partes da planta.
Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor de queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarreia.
Principio ativo: látex irritante.

Bico de Papagaio

Foto tirada em: Itatiba; Bairro Moenda

Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Euphorbia pulcherrima Willd.
Nome popular: rabo de arara, papagaio.
Parte Tóxica: todas as partes da planta.
Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor de queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarreia.
Principio ativo: látex irritante.

Referências: <http://www.fiocruz.br/sinitox_novo/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=313

http://www.mundoeducacao.com.br/biologia/plantas-toxicas.htm>. Acesso em: 30 de setembro de 2012.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Mitos sobre efeitos tóxicos da Coca-Cola



 Referência: <http://carpanteando.blogspot.com.br/2007/11/coca-cola-cloaca.html>

O pH do refrigente pode dissolver ossos e dentes?

O pH baixo é comum em muitos alimentos. Por exemplo, sucos de frutas podem apresentar variações de pH entre 2.2 e 3.8 (suco de limão, suco de laranja). Quanto mais baixo o pH, maior a sua acidez. O organismo humano produz o suco gástrico, cujo pH é aproximadamente 2, que ajuda a digerir os alimentos no estômago. Quanto a dissolver dentes e ossos, isto só acontece com materiais mortos, sem defesa orgânica. Esta idéia resulta de experimentos que se fazem nas escolas. Coloca-se um osso de galinha ou um dente dentro de um alimento ou bebida ácida (suco, refrigerante). Após alguns dias verifica-se que ocorrem alguns pontos de corrosão no dente ou no osso. Esta brincadeira não reflete a realidade. Um dente extraído da boca é material morto, sem defesa orgânica, sem qualquer irrigação, sem proteção da saliva e sem a higiene bucal. No caso de um dente sadio, este é protegido pela saliva e pela própria irrigação no interior do dente. Além disso, bebidas não ficam em contato com a boca por dias, sendo logo removidas pela saliva.



A Coca-Cola possui dióxido de carbono, que é uma substância tóxica ao organismo humano.

O site da Coca-Cola responde: O dióxido de carbono é um componente do ar que respiramos a todo momento. As plantas o utilizam para seu desenvolvimento, extraindo-o do ar. Ele é utilizado em refrigerantes, em alguns vinhos e na cerveja, para dar a característica espumante ou borbulhante destas bebidas. Portanto não é uma substância potencialmente perigosa.


Por que a Coca-Cola está voltando com as garrafas de vidro? 

O boato é de que o plástico libera dioxina carcinogênica que causa especialmente câncer de mama. Portanto as pessoas não devem congelar a sua água em garrafas ou utensílios de plástico, esquentar alimentos em vasilhames de plástico no forno de microondas (aplicável para alimentos que contém gordura), pois a alta temperatura e plástico liberaria a dioxina no alimento e, por fim, parando nas células do organismo.

Mas este boato não passa de um mito, a Coca-Cola defende: "Não há qualquer base científica que comprove ou que sugira que garrafas de PET venham a liberar dioxinas em presença de líquidos congelados.
Dioxinas são compostos produzidos a temperaturas extremamente elevadas, acima de 370º C. Elas não se formam à temperatura ambiente ou de congelamento.

O PET (polietileno tereftalato) usado na fabricação de garrafas de refrigerantes, mesmo quando incinerado, não forma dioxina. Os testes realizados nas embalagens de PET tanto pelos laboratórios de controle de todo o mundo como por laboratórios de pesquisa de universidades e de institutos atestam que não há migração de substâncias tóxicas como as dioxinas".

O corante Caramelo IV encontrado em refrigerantes é cancerígeno?


Notícias divulgadas na mídia sobre potencial cancerígeno docorante Caramelo IV diz que o processo  - sulfito amônia, atribuído à presença do subproduto formado durante sua produção a partir dos reagentes utilizados, o 4-metilimidazol - causaria câncer se consumido diariamente.

A Gerência-Geral de Alimentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária GGALI/ANVISA esclarece:  Com base em princípios da análise de risco, a ANVISA estabelece os aditivos permitidos para as diferentes categorias de alimentos,em suas respectivas funções e limites máximos de uso, visando alcançar o efeito
tecnológico desejado sem representar risco à saúde. Com base em estudos toxicológicos, o JECFA ( Comitê de Especialistas da FAO/OMS em Aditivos Alimentares) estabelece, quando possível, a
Ingestão Diária Aceitável (IDA) dos aditivos. A IDA é a quantidade estimada do aditivo
alimentar, expressa em miligrama por quilo de peso corpóreo (mg/kg p.c.), que pode
ser ingerida diariamente. Assim, a quantidade ingerida pelo consumo de refrigerantes não é considerada significativa ou indicativa de risco à saúde humana. Uma pessoa adulta teria que consumir diariamente 80 litros de refrigerante que contenha corante caramelo IV para ultrapassar os limites estabelecidos pelos comitês científicos internacionais.


 Misturar Coca-Cola com bala Mentos é perigoso?

Quem nunca ouviu falar sobre a história e não viu vídeos na internet sobre a mistura dessas duas substâncias? O mito afirma que elas supostamente dão origem a uma terceira substância, tão tóxica que provocaria uma pequena explosão dentro do corpo e poderia até matar.


Mas a própria Coca-Cola explica a simples reação: "Quando se adiciona ao líquido uma partícula sólida, como a bala, as moléculas do gás se agrupam ao seu redor, gerando microbolhas que, por sua vez, favorecem a liberação do gás carbônico. O fenômeno, portanto, é físico e não se forma nenhuma substância tóxica. Ao sair do recipiente o gás carbônico vai se dissipando e chega ao estômago em pequena quantidade. A bala também não vai inteira para o órgão e o fenômeno de formação das microbolhas é minimizado. Então, se você beber um copo de Coca-Cola e engolir uma bala, o gás será liberado depressa e a barriga ficará estufada. Nada mais." Portanto o consumo  de Coca-Cola ou Coca-Cola Light associado a balas não traz qualquer dano à saúde. 




Referência: <http://static.minilua.com/wp-content/uploads/2010/09/9e95_copo+Coca-Cola_Turner+Duckworth.jpg>


Conclusão: Não acredite em tudo em que você lê na internet, todas as substâncias são "venenos", porém só os testes laboratorias toxicológicos podem nos dizer se uma substância é nociva para o nosso organismo ou não.


Referências:CocaCola, boatos e mitos. Data de acesso: 19/09/2012 < http://www.cocacolabrasil.com.br/boatos_mitos.asp?inicio=1>

Portal ANVISA. Data de acesso: 19/09/2012 < http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/f681d6804adf50d7ae71afa337abae9d/Informe_Tecnico_n_48_de_10_de_abril_de_2012.pdf?MOD=AJPERES>
PLASTIVIDA. Data de acesso: 19/09/2012. < http://www.plastivida.org.br/2009/Default.aspx>
http://www.cofemac.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=3313&Itemid=9999.  Acesso em: 19 de setembro de 2012.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Paraquat uma praga que não se mata!



Referência:<http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.vecol.com.co/sitio/imagesProductos/Paraquat.jpg&imgrefurl=http
://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php%3Fterm%3DParaquat%26lang%3D3&usg=_
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Paraquat é um herbicida de fácil acesso utilizado para acabar com pragas que infestam a lavoura. Ele é altamente tóxico o que o torna muito perigoso além de que ainda não possui um antídoto conhecido.


Algumas terapias vêm sendo testadas em pacientes intoxicados por paraquat, porém só costumam apresentar efeito quando as doses ingeridas são baixas e rapidamente identificadas.


O tratamento da intoxicação atualmente é baseado em medidas que diminuam o estresse oxidativo utilizando substâncias antioxidantes e terapias imunossupressoras que, consequentemente, revertam o quadro toxicológico instalado, especialmente o pulmonar.
Referência: <http://www.scielo.br/img/revistas/jbpneu/v36n4/a19fig02.jpg>


A toxicidade do paraquat resulta do fato de que ele inibe a redução de NADP a NADPH, resultando em uma superprodução de espécies reativas de oxigênio que destroem os lipídios das membranas celulares o que acarreta em uma inflamação, com recrutamento de leucócitos e fibrose pulmonar tardia, levando a hipoxemia que não responde ao tratamento que visa a diminuição da absorção e estimulação da excreção do paraquat absorvido.


Formas de se diagnosticar uma intoxicação por paraquat:


 Entre as metodologias quantitativas disponíveis, existem os métodos cromatográficos, eletroforese capilar e os imunoensaios podem ser utilizados.Por outro lado, uma reação simples e rápida de caracterização urinária com ditionito de sódio é muito usada, na suspeita de intoxicações agudas.



Caso clinico com sobrevivente:


 Um homem de 22 anos foi admitido no departamento de emergência com queixa de dor de garganta, disfagia, hemoptise e dor retroesternal. Ele havia tentado se suicidar por meio da ingestão de 50 mL de uma solução de paraquat quatro dias antes da admissão hospitalar e havia sido tratado, em outro serviço, com lavagem gástrica e administração de carvão vegetal ativado.


O resultado do teste de urina com ditionito de sódio (para paraquat) ainda foi positivo na admissão. Ele foi submetido a hemodiálise e terapia imunossupressora com ciclofosfamida, metilprednisolona e dexametasona, de acordo com o protocolo recomendado. Além disso, recebeu N-acetilcisteína.


No presente caso, vários achados indicavam um prognóstico ruim.Portanto, a terapia imunossupressora e o tratamento com antioxidantes foram indicados para interromper o processo inflamatório.


No segundo dia de internação (6º dia após a ingestão), o paciente apresentou hemoptise. A radiografia de tórax realizada no 8º dia após a ingestão mostrou opacidades pulmonares. No sétimo dia de internação, os parâmetros gasométricos pioraram, e o paciente foi submetido a um segundo ciclo da mesma terapia imunossupressora. Posteriormente, apesar de um episódio de neutropenia febril, ele se recuperou gradualmente e recebeu alta hospitalar, em bom estado, após quatro semanas, sem necessidade de oxigeno terapia domiciliar. Após quatro meses, o paciente estava trabalhando novamente e não tinha queixas, a não ser por dispneia após esforço físico intenso.
Referência:<http://www.scielo.br/img/revistas/jbpneu/v36n4/a19fig02.jpg>
Referências: http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v42n4/a03v42n4.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1806-37132010000400019&script=sci_arttext. Acesso em: 6 de setembro de 2012.