Quando
ouvimos falar em toxicologia, pensamos imediatamente em venenos. Na verdade
todas as substâncias são “venenos”, porém tudo depende da dose administrada. A
dose certa diferencia um veneno de um remédio.
O
objetivo da toxicologia é a avaliação do risco, o que constitui uma condição
indispensável para o estabelecimento de medidas de segurança na utilização de
substâncias e, por conseguinte, a proteção e recuperação dos indivíduos expostos.
A análise
toxicológica (laboratorial) tem extrema importância, pois nos mostra um
resultado concreto, uma correta identificação da substância que intoxicou o
meio avaliado.
Um
exemplo da utilização e importância da analise toxicológica é vista no caso a
seguir:
Ecstasy consumido em São
Paulo não é ecstasy
MORRIS
KACHANI
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
Um
levantamento inédito feito pela Superintendência da Polícia Técnico-Científica
de São Paulo em parceria com a Fapesp revela que apenas 44,7% das drogas
sintéticas apreendidas no Estado no último ano contêm o princípio ativo do
ecstasy, o MDMA. Outras 20 substâncias foram encontradas, algumas delas
presentes em remédios de emagrecimento e anestésico de cavalo, além de
anfetaminas e metanfetaminas. Todos os comprimidos têm a mesma embalagem visual
do ecstasy -a cor, o formato e os logotipos variados como a maçã da Apple, a
cara do ET ou o símbolo da Calvin Klein. "Anteriormente dizíamos que eram
comprimidos de ecstasy, mas os resultados mostram que metade dos comprimidos
não possui o MDMA em sua constituição. As pessoas vão à balada e não sabem mais
o que estão tomando. Há comprimidos em que a concentração da substância ativa
chega a ser cinco vezes superior à dose presente em medicamentos comerciais.
Algumas pessoas tomam a pílula e passam muito mal. Aparecem com quadros de
hipertensão, arritmia e até infarto ou derrame. Ora, esses não são sintomas do
ecstasy.", diz o autor do estudo, o perito criminal José Luiz da Costa, do
Núcleo de Exames de Entorpecentes da Polícia Científica, e presidente da
Sociedade Brasileira de Toxicologia.
Editoria de arte/Folhapress
Disponível em: FOLHA DE SÃO PAULO.
Referências: <http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1135888-ecstasy-consumido-em-sao-paulo-nao-e-ecstasy.shtml>
<http://jus.com.br/revista/texto/21390/investigacao-policial-analise-toxicologica-post-mortem#ixzz24TZm0OwE>
<http://www.infoescola.com/drogas/exame-toxicologico/> Acesso em: 24 de agosto de 2012.