sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Análise toxicológica...para quê?




Quando ouvimos falar em toxicologia, pensamos imediatamente em venenos. Na verdade todas as substâncias são “venenos”, porém tudo depende da dose administrada. A dose certa diferencia um veneno de um remédio.
O objetivo da toxicologia é a avaliação do risco, o que constitui uma condição indispensável para o estabelecimento de medidas de segurança na utilização de substâncias e, por conseguinte, a proteção e recuperação dos indivíduos expostos.
A análise toxicológica (laboratorial) tem extrema importância, pois nos mostra um resultado concreto, uma correta identificação da substância que intoxicou o meio avaliado. 
Um exemplo da utilização e importância da analise toxicológica é vista no caso a seguir:

Ecstasy consumido em São Paulo não é ecstasy 

MORRIS KACHANI
DE SÃO PAULO 

Um levantamento inédito feito pela Superintendência da Polícia Técnico-Científica de São Paulo em parceria com a Fapesp revela que apenas 44,7% das drogas sintéticas apreendidas no Estado no último ano contêm o princípio ativo do ecstasy, o MDMA. Outras 20 substâncias foram encontradas, algumas delas presentes em remédios de emagrecimento e anestésico de cavalo, além de anfetaminas e metanfetaminas. Todos os comprimidos têm a mesma embalagem visual do ecstasy -a cor, o formato e os logotipos variados como a maçã da Apple, a cara do ET ou o símbolo da Calvin Klein. "Anteriormente dizíamos que eram comprimidos de ecstasy, mas os resultados mostram que metade dos comprimidos não possui o MDMA em sua constituição. As pessoas vão à balada e não sabem mais o que estão tomando. Há comprimidos em que a concentração da substância ativa chega a ser cinco vezes superior à dose presente em medicamentos comerciais. Algumas pessoas tomam a pílula e passam muito mal. Aparecem com quadros de hipertensão, arritmia e até infarto ou derrame. Ora, esses não são sintomas do ecstasy.", diz o autor do estudo, o perito criminal José Luiz da Costa, do Núcleo de Exames de Entorpecentes da Polícia Científica, e presidente da Sociedade Brasileira de Toxicologia. 


Editoria de arte/Folhapress

Disponível em: FOLHA DE SÃO PAULO. 
Referências: <http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1135888-ecstasy-consumido-em-sao-paulo-nao-e-ecstasy.shtml>
<http://jus.com.br/revista/texto/21390/investigacao-policial-analise-toxicologica-post-mortem#ixzz24TZm0OwE>
<http://www.infoescola.com/drogas/exame-toxicologico/> Acesso em: 24 de agosto de 2012.